Africa Basquetebol

27 setembro 2013

ANGOLA : Angola enfrenta Egipto no acesso às meias-finais

                        
Selecção Nacional joga hoje com o Egipto no pavilhão do Desportivo de Maputo e tudo aponta para a vitória no final
Fotografia: Santos Pedro
A Selecção Nacional de Basquetebol em femininos realiza hoje, às 14h45, um dos testes mais fáceis da sua campanha de defesa do título continental, quando medir forças com o Egipto, em partida pontuável para os quartos-de-final do Campeonato Africano (Afrobasket) que decorre desde o dia 20, em Maputo.
O jogo das angolanas vai ser antecedido da partida entre a Costa do Marfim e Camarões e sucedido do confronto entre moçambicanas e nigerianas. As anfitriãs partem como favoritas e a selecção adversária de Angola nas meias-finais sai do confronto entre Mali e Senegal.
Para garantir o primeiro lugar do grupo B, a equipa às ordens de Aníbal Moreira teve de fazer pela vida para vencer o confronto com a formação maliana, na última jornada da fase preliminar. Para o jogo de hoje, o conjunto angolano deve aproveitar para esgrimir um sistema táctico mais eficaz, a ser utilizado nas meias-finais.
A selecção vinda do deserto do Saara está desprovida de argumentos para se impor entre os colossos africanos.Apesar do técnico angolano ser muito humilde e primar pelo respeito pelos adversários, o percurso das egípcias na fase limiar da maior contenda basquetebolística é, em si, presságio da sua despedida na prova.
Com o plantel a gozar de boa saúde, Aníbal Moreira e Eliza Pires só precisam de acertar alguns aspectos defensivos para que a boa forma desportiva de Nacissela Maurício, Nguendula Filipe, Catarina Camufal, Clarisse Mpaca, Felizarda Jorge, Whitney Miguel, Finesa Eusébio, Madalena Félix, Sónia Guadalupe, Luísa Tomás, Aristida Vicente e Nadir Manuel se traduza num plantel a jogar sincronizado diante do adversário com o qual se vai cruzar nas meias-finais.
Os indicadores deixados ontem de manhã, no pavilhão do Desportivo de Maputo, na sessão de treino protagonizada pelas atletas menos utilizadas no jogo diante do Mali, dão garantias da reconquista do anel continental. O desejo da Nação, agora, só depende do apoio incondicional do público e dos dirigentes, que começam a desembarcar no local da competição.

QUARTOS-DE-FINAL
Mali e Senegal em jogo duro 

As selecções do Mali e do Senegal disputam hoje, às 20h15, em Maputo, o jogo de maior cartaz dos quartos-de-final do Campeonato Africano de Basquetebol em femininos.
Com sentimentos feridos, as duas equipas entram em campo para se redimirem dos desaires sofridos na última jornada da fase preliminar.
A vice-campeã africana, Senegal, pretende ofuscar a derrota sofrida diante de Moçambique, por 77-61, enquanto o Mali, a terceira classificada na edição de 2011, quer esquecer a derrota diante de Angola por 66-67, após prolongamento.
As duas equipas praticam um basquetebol vistoso, no qual a execução sincronizada com a componente táctica se revela “nefasta” para as equipas pouco esclarecidas na defesa.
Desprovida da sua mais produtiva unidade, a extremo-poste Djene Diawara, por lesão no joelho, a selecção do Mali vai ter de encontrar forças no jogo colectivo para suprir o défice na execução debaixo da tabela.
A selecção do Senegal conta com Sene Diene, Diarra Maimouna e Traore Astouno, atletas com alta capacidade de resolução nas áreas de rigor ofensivo e defensivo. Um aviso sério  às malianas que buscam coleccionar mais um trofeu.
Espera-se uma partida com todos os condimentos que tornam o desfecho imprevisível. Qualquer selecção vencedora deste jogo pode criar dificuldades à selecção angolana nas meias-finais.
HELDER JEREMIAS| ENVIADO A MAPUTO

PROGNÓSTICO
Moçambicanos apostam final lusófona

A selecção moçambicana mantém firme a crença na conquista do Campeonato Africano de Basquetebol como forma de tributar o ex-Presidente da República, Samora Machel, que teria de comemorar o seu 80º aniversário natalício no dia da final.
A equipa de reportagem do Jornal dos Desportos apurou que existe um grande receio dos moçambicanos em se cruzem com Angola. Os resultados, o emparceiramento dos quartos-de-final e o comportamento das duas equipas fortalecem a crença de que a final do campeonato africano feminino vá juntar as duas equipas que falam a língua de Camões.
“Angola está a jogar bem, mas Moçambique está melhor. Vamos cruzar-nos com a selecção de Angola na final e vamos provar que o melhor basquetebol do continente está a ser praticado no nosso país”, disse Geovano Mulafa.
Durante o jogo da quinta jornada, em que as “Samorais” venceram as senegalesas por 77-61, foi notável o apoio do público que entoou cânticos folclóricos nos momentos em que a equipa local mais precisou e apupou as adversárias com veemência, nas suas saídas para o ataque. Esta situação influenciou de forma negativa na desenvoltura do jogo senegalês.
Na partida entre Angola e o Mali, o público parecia indiferente, dando claros indícios de que os moçambicanos se sentem reconfortados com o mau desempenho de Angola, que durante grande parte do jogo esteve a perder para as malianas.
H.J| MAPUTO

REVALIDAÇÃO- Nuno Teixeira reitera convicção
O responsável do departamento técnico da Federação Angolana de Basquetebol, Nuno Teixeira, reiterou a sua convicção na revalidação do título continental por parte da Selecção Nacional feminina no “Africano” de Maputo, que se disputa até ao próximo domingo.
Em declarações ao Jornal dos Desportos, o alto funcionário do órgão reitor da modalidade no país sublinhou que a entrega do grupo e a sagacidade dos técnicos Aníbal Moreira e Eliza Pires são requisitos necessários para que o país saia dignificado da competição, que junta as 12 melhores equipas do continente africano.
Nuno Teixeira, que se encontra em Maputo há cerca de três dias, assinalou o facto de selecção estar a competir sem uma claque que possa galvanizar o seu desempenho fora de portas, mas, mostrou-se esperançoso que tal situação se altere a partir dos quartos-de-final.

De acordo com Nuno Teixeira, tem sido apanágio dos angolanos emprestar o calor humano aos seus atletas nas grandes competições. O dirigente desportivo notou que a selecção anfitriã goza do apoio incondicional do seu público, motivo pelo qual acredita que a “vinda de uma claque qualificada e o apoio das mais altas entidades do país sejam catalisadores na união do grupo em prol das melhores performances”.
HELDER JEREMIAS | ENVIADO A MAPUTO