Africa Basquetebol

13 janeiro 2007

ANGOLA : Militares superam petrolíferos em noite de espectáculo


Numa noite de verdadeiro espectáculo de basquetebol, a formação do 1º de Agosto, "impulsionada" por KiKas Gomes (22 pontos, sete ressaltos e duas assistências), superiorizou-se ante o seu "arqui-rival", o Petro de Luanda, conquistando a 14ª edição da Supertaça Vladmiro Romero. Os "militares" venceram por 99-84.

Houve "chuva" de triplos e "smash" de ambos os lados, com Kikas, Maizer Alexandre, Cipriano, Gerson Monteiro, Armando Costa e Victor Muzadi a evidenciarem-se, por um lado, e Frederick Gentry, Milton Barros, Shannon Crooks e Eduardo Mingas, por outro.

Ajuizado pelo "tripla" Fernando Pacheco, Carlos Júlio e Domingos Simão, o encontro, cujo equilíbrio foi a tónica dominante, teve um placard liderado quase na totalidade pelo 1º de Agosto. A excepção deu-se aos nove minutos do segundo quarto, quando com um triplo do base Shannon Crooks meteu, durante alguns segundos, o Petro em vantagem 42-40).

Na altura, registava-se uma desvantagem petrolífera de 39-40 e o norte-americano Crooks lançou da linha dos seis metros e vinte e cinco, dando a primeira e única vantagem a sua equipa no jogo.

Em resposta, Olímpio Cipriano converteu igualmente três pontos, devolvendo à sua equipa a liderança (43-42), a qual não mais perdeu. A anteceder estes lances (eram decorridos seis minutos), o poste Eduardo Mingas assumiu a tarefa de estabelecer a primeira igualdade na partida (38-38) com um triplo, ante oposição de Joaquim Gomes "Kikas", para gáudio dos adeptos petrolíferos.

Cipriano, mais uma vez, encarregou-se da desigualdade na linha de lances livres, após ter sofrido falta de um defensor contrário, mas Leonel Paulo, que havia entrado a pouco tempo para o lugar do norte-americano Frederich Jentry, voltou a empatar também por lançamentos livres (39-39).

Dos nove minutos do segundo período em diante, a liderança só "deu" a d` Agosto, com a primeira parte do jogo a terminar em 52-49. Apesar de o destaque recair sobre o melhor marcador do encontro (Kikas), a turma militar foi bem comandada pelo base Armando Costa, uma vez que Miguel Lutonda ainda não está no seu melhor, após algum tempo de ausência por lesão.

No reatamento (terceiro quarto), a formação do "Rio Seco" entrou melhor, com o jovem Felizardo Ambrósio, uma das aposta do técnico Jaime Covilhã, a evidenciar-se. Eram apenas decorridos um minuto e alguns segundos quando este aumentou a vantagem para sete pontos (56-49). Ambrósio, na altura defendido por Leonel Paulo, converteu quatro pontos consecutivos, o que não agradou o técnico Alberto de Carvalho "Ginguba" que viu-se "obrigado" a operar mudanças.

Ginguba voltou a lançar na quadra o poste norte-americano Frederick Gentry, que em seguida assistiu Mingas para os primeiros dois pontos da sua equipa neste período, quando eram jogados dois minutos e meio. Posteriormente, o Petro foi diminuindo a desvantagem. Milton Barros, Carlos Morais e companheiros aproveitaram alguns momentos menos bons da equipa adversária, onde Olímpio Cipriano perdia "infantilmente" muitas bolas, e aproximaram-se no marcador.

A cinco minutos do fim, o resultado era de 60-58, mas a formação do "Eixo-Viário" não teve argumentos suficientes para ultrapassar, permitindo a fuga do adversário e que Kikas Gomes, o MVP da partida, fechasse este período com grande "smash" após assistência de Maizer Alexandre (75-60).

Entretanto, o quarto e último período trouxe ainda algum alento aos apoiantes do Petro, pois a equipa entrou determinada a virar a história do jogo com uma defesa zona, que dificultou os pupilos de Covilhã. Em dois minutos, o 1º de Agosto não havia convertido ainda qualquer ponto e já tinha sofrido quatro.

Esta situação não durou por muito tempo. Victor Muzadi converteu dois pontos e Olímpio Cipriano três, fixando o resultado em 80-64. Daí em diante, o encontro entrou numa fase em as equipas alternavam no marcador com triplos, afundanços e outras jogadas espectaculares, sem que o d`Agosto perdesse o controlo das operações e só não atingiu "chapa" cem devido a uma falta técnica cometida por Miguel Lutonda a Milton Barros nos segundos finais quando o resultado era já 99-82.

O Petro teve direito a dois lances livres (convertidos) e a posse de bola, a qual reteve até ao final (99-84)